A jogadora do Galícia/FTC Ana Rosa, também conhecida como Aninha, participou nesta segunda-feira (21) da gravação do trabalho de conclusão de curso da estudante de Jornalismo Amanda Souza. A entrevista aconteceu no Parque Santiago, pouco antes do treino da equipe para a próxima rodada do Campeonato Baiano.

Natural de Tucano, Aninha contou como começou sua carreira nos campos, há 15 anos, e lembrou os obstáculos que precisou ultrapassar para se manter firme no sonho de jogar futebol. O maior deles foi o preconceito.

“Muita gente senta e fala bonitinho: ‘Hoje o futebol feminino está mudando, hoje as coisas estão fluindo…’. Realmente, para o que era no passado, está mudando. As meninas estão tendo mais oportunidades de ir para uma seleção sub-17, sub-20; de um cara olhar, investir e mandar pra fora. Mas o preconceito é muito grande e acho que a maior barreira é essa. Se essa barreira for quebrada, com certeza o futebol feminino vai dominar o mundo, porque é muito bonito”, observou a atacante.

A disparidade na forma como são tratados o futebol masculino e o futebol feminino, sempre mais difícil para a mulher, é o tema do TCC da estudante Amanda Souza, que já ouviu diferentes profissionais da área.

“Trazer isso para a conclusão do meu curso vai me ajudar de alguma forma a compreender esse mundo e a entrar no mercado, que é tão difícil. Não vi nenhum depoimento ‘foi tranquilo’, ‘foi fácil’. Todas as mulheres com quem conversei me disseram que enfrentaram e ainda enfrentam muito preconceito”, lembra Amanda, que sonha trabalhar com jornalismo esportivo depois de sua formação.